sábado, 19 de fevereiro de 2011

ATENÇÃO: POLÍCIA DO DF FECHA FÁBRICA QUE USAVA FORMOL EM PRODUTO CAPILAR

(Folha de São Paulo)

 A Delegacia do Consumidor em Brasília fechou nesta quinta-feira (17/2) uma fábrica clandestina de produtos para alisar os cabelos com quantidade de formol acima do permitido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

O local foi descoberto após denúncia anônima feita no final do ano passado --de acordo com o relato, duas mulheres perderam os cabelos após fazerem uso do creme em escova progressiva.
A fábrica funcionava numa casa em Ceilândia, cidade satélite de Brasília.
Na ação, agentes da polícia e da vigilância sanitária encontraram 60 litros de formol, 200 frascos com o produto irregular e outros 250 frascos vazios.
Três pessoas, de uma mesma família, foram presas na operação. Além do produto para alisar o cabelo, a polícia também apreendeu creme hidratante com concentração de formol acima do autorizado.
"Eles vendiam para diversos salões da região. O produto, para um leigo, parece legalizado, porque eles criaram uma marca e forjaram um número de registro na Anvisa", disse Virgílio Ozelami, delegado-adjunto da Delegacia do Consumidor.
Segundo ele, a concentração de formol no produto era de 37% --o máximo permitido é de 0,2% para produtos cosméticos e 0,1% para produtos de higiene oral. A Anvisa proíbe o uso de formol para alisamento capilar.
O formol ou formaldeído é um composto líquido usado normalmente como desinfetante e antisséptico. Também é usado para embalsamar peças de cadáveres.
Agentes da delegacia do consumidor se passaram por clientes para chegar à casa onde o produto era fabricado. Lá, a polícia encontrou produtos cosméticos e grande quantidade de formol --a mistura era feita no liquidificador. De acordo com os acusados, o formol era comprado em funerárias de Brasília. O preço cobrado pelos produtos variava entre R$ 100 e R$ 200.
A venda ilegal começou há cerca de 1 ano e meio. "Eles alegaram que iniciaram o comércio de uma forma legal, trazendo produtos do Rio. Quando constataram que tinha uma demanda muito grande de consumidores, resolveram fazer por conta própria", disse Ozelami.

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